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O Museu da Língua Portuguesa será um dos locais em São Paulo a receber uma exibição especial da 48ª Mostra Internacional de Cinema. O documentário selecionado para a sessão é *Pele de Vidro*, que será apresentado no dia 25 de outubro, sexta-feira, às 19h, como parte do Luz na Tela, uma programação de cinema ao ar livre promovida pelo Museu, que é ligado à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo.
A exibição, gratuita, ocorrerá no Pátio B, uma área coberta do Museu, com distribuição de pipoca e refrigerante. Não será necessário reservar ingressos antecipadamente.
Dirigido por Denise Zmekhol, Pele de Vidro explora questões atuais sobre o centro de São Paulo, onde o Museu está situado. O filme aborda a crise de moradia na cidade e o papel de movimentos sociais na luta por habitação para as populações mais vulneráveis.
A cineasta utiliza a trajetória de seu pai, o arquiteto Roger Zmekhol, que foi o responsável pelo projeto do Edifício Wilton Paes de Almeida — também conhecido como Pele de Vidro —, localizado no Largo do Paissandu. O edifício, erguido nos anos 1960, foi considerado um marco da arquitetura moderna brasileira por sua inovadora utilização de vidro.
Após o trágico incêndio que destruiu o edifício, Denise busca compreender a experiência dos moradores que viviam ali, investigando como encontraram abrigo em um ícone modernista da arquitetura brasileira. Pele de Vidro oferece uma reflexão sensível e poderosa sobre as transformações do Brasil ao longo de décadas, conectando aspectos pessoais e políticos.
O documentário conta com depoimentos de figuras como o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que também projetou o Museu da Língua Portuguesa, além de membros das Ocupações Almirante Negro, Oswald de Andrade e Mauá — sendo esta última próxima ao Museu —, discutindo os desafios enfrentados pelos movimentos sociais em São Paulo.
Denise ainda incorpora materiais de arquivo pessoal, como fotos de viagens com seu pai, e relatos de profissionais e estudantes que conviveram com ele. Roger faleceu quando Denise tinha apenas 14 anos, e o filme traça um paralelo entre a história do Brasil, dos anos 1950 em diante, e a trajetória da família Zmekhol.
A sessão especial de Pele de Vidro no Museu, como parte da 48ª Mostra Internacional de Cinema, contará com a presença da cineasta Denise Zmekhol e parte da equipe responsável pela produção do filme.
Sinopse Curta
Uma meditação cinematográfica, poética e pessoal sobre mudanças, desigualdades sociais e perdas, “Pele de Vidro” acompanha a jornada da cineasta Denise Zmekhol ao descobrir que o edifício mais famoso do seu pai, o Edifício Wilton Paes de Almeida, um arranha-céu modernista de vidro no coração de São Paulo, está ocupado por centenas de famílias sem teto. Entrelaçando delicadamente o pessoal e o político, “Pele de Vidro” é uma reflexão profunda e comovente da evolução do Brasil durante épocas de escuridão, transformação e renascimento.
Ficha Técnica
DIREÇÃO E PRODUÇÃO: Denise Zmekhol
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Anne Corcos, Jamie Wolf, Elizabeth King, Nancy Blachman, Sally Jo Fifer, Lois Vossein, Sandy Viquez Pedlow
CO-PRODUTORES: Leah Mahan, Amir Soltani, Richard O’Connell, Nathalie Seaver
ROTEIRO: Ellen Bruno, Josh Peterson, Denise Zmekhol
FOTOGRAFIA: Leonardo Maestrelli, Heloisa Passos, Otavio Pupo, Stève Siracuse, Jacob Solitrenick
MONTAGEM: Josh Peterson
TRILHA SONORA ORIGINAL: Beto Villares
PRODUTORES ASSOCIADOS: David Bergad, Sage Brucia, Stela Grisotti, Marilyn Mulford
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