A cultura do futebol está enraizada no brasileiro desde a era do Rei Pelé. Percorre nas veias desde quando o esquadrão formado por nomes como Gerson, Rivellino, Tostão, Jairzinho e Pelé vieram a conquistar a copa de 70. Ídolos como Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, Zico, Rivelino, Taffarel, Cafu e entre outros, são frequentemente lembrados pelos amantes do esporte. Mas o que todos esses jogadores têm em comum? Todos eles estão aposentados.
O brasileiro sofre com a carência de novos ídolos, jogadores que tenham a cara da seleção brasileira. Nos dias atuais, está ficando cada vez mais escasso aquele jogador que todos pedem na seleção, aquele craque que veste a camisa 10 e dá o seu melhor dentro de campo. Podemos recordar qual foi a última seleção que realmente teve jogadores que encantavam de fato ao entrarem em campo.
Seleção de 2006
Apesar da eliminação para a França, nas quartas de final na copa do mundo de 2006, a seleção daquele ano foi a última lembrada com alegria pelos torcedores, por ter jogadores que encantavam os olhos dos telespectadores. Nomes como Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Ronaldo e Robinho, traziam brilho para a nossa amarelinha, que nos dias de hoje, não tem mais o mesmo encanto das décadas passadas.
Carência de ídolos
De 2010 até os dias atuais, a seleção brasileira vem sofrendo com um grave problema, a falta de ídolos. Dentro e fora de campo, o escrete brasileiro vem deixando a desejar nos últimos anos. Jogadores sem identificação com a seleção e com a torcida, jogadores que não entregam o que se é esperado.
Um exemplo disso, é o simples fato de nesta última década o Brasil não ter revelado grandes nomes do futebol e os que são revelados, não entregam na seleção o mesmo que se entregam em clubes. Nomes como Vinicius Jr e Rogrygo, que foram revelados nos últimos seis anos, ainda não assumiram o papel de principais jogadores na seleção, e no Real Madrid, são jogadores de ponta.
O jogador que consegue despertar um misto de sentimento em todas as gerações carrega o nome de Neymar Jr. Um jogador que já foi amado pela maioria das gerações, mas hoje em dia não tem mais o mesmo reconhecimento que tinha há alguns anos. Foi um jogador excepcional, craque, que encantou o mundo, mas problemas extracampo e as inúmeras lesões, trouxeram incômodos aos torcedores.
Mil dias. Este é o número aproximado de dias que Neymar passou lesionado desde sua chegada à Europa. Mesmo sendo o maior artilheiro da seleção da história da seleção brasileira, nos momentos mais importantes deixou um pouco a desejar.
Redes sociais
As redes sociais não perdoam os frequentes vacilos que a seleção brasileira vem dando. As repercussões são muito maiores, sejam elas positivas ou negativas, após o surgimento das redes sociais. Alguns jogadores tiveram suas vidas marcadas, após se envolverem em polêmicas ou escândalos.
Com a fácil divulgação de informações através das redes sociais, muitas pessoas sabem todos os passos da vida de um jogador, e quando estão envolvidos em problemas, a distância entre torcedor e jogador aumenta, trazendo reflexos negativos para a seleção, que não vive seu melhor momento.
Desde a eliminação para a Croácia na Copa do Mundo de 2022, polêmicas e mais polêmicas se acumulam ao redor. Desde a prisão de Daniel Alves, por estupro, aos casos de jogadores envolvidos com esquemas de apostas, jogadores sendo acusados de assédio e agressão, jogadores tendo uma vida turbulenta fora de campo. Todos esses detalhes afetam a seleção, os jogadores, a torcida e consequentemente acontece esse distanciamento entre entidade e torcida.