Justiça arquiva investigação contra Gusttavo Lima e sócios da “Vai de Bet” em esquema de lavagem de dinheiro

Reprodução: Redes sociais

A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, determinou nesta quinta-feira (9) o arquivamento da parte do inquérito da Operação Integration que investigava o cantor Gusttavo Lima e os sócios da empresa “Vai de Bet” por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro.

A decisão atende ao pedido feito em dezembro de 2024 pela Procuradoria-Geral de Justiça. Na ocasião, a subprocuradora-geral Norma Mendonça de Galvão Carvalho seguiu o entendimento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ao concluir que não havia indícios de conexão entre Gusttavo Lima, os empresários investigados e a “Esportes da Sorte”, também alvo da operação.

Medidas cautelares revogadas e bens restituídos

Além de arquivar o caso, a juíza ordenou a revogação de todas as medidas cautelares impostas a Gusttavo Lima e aos empresários José André da Rocha Neto, Aislla Sabrina Truta Henriques da Rocha, Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha. Eles são donos ou sócios das empresas “Vai de Bet” e Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos Ltda (Zenet Pay), também investigadas.

A Polícia Civil de Pernambuco foi notificada para devolver bens apreendidos, incluindo carros de luxo, aeronaves e joias. Entre os itens confiscados, estava o avião prefixo PR-TEN, que pertencia a Gusttavo Lima e foi apreendido durante manutenção no aeroporto de Jundiaí (SP). A Polícia Federal também foi informada sobre a suspensão de restrições de deslocamento.

A Capitania dos Portos deverá retirar qualquer limitação de circulação de embarcações relacionadas ao caso.

Na decisão, a juíza escreveu: “Determino o arquivamento do presente inquérito policial, ressalvando-se, porém, o disposto no art. 18 do Código de Processo Penal, que prevê a possibilidade de reabertura do procedimento caso surjam novas provas”

Ao G1, a “Vai de Bet” divulgou uma nota assinada por José André da Rocha Neto, agradecendo à Justiça:
“Sempre confiamos na Justiça e nunca tivemos dúvida sobre o desfecho. Que agora possamos seguir com nossas vidas e trabalhar da forma mais correta possível”, declarou o empresário.

Já a defesa de Gusttavo Lima destacou que o cantor agiu com transparência e respeito às normas legais ao longo do processo:
“A decisão de hoje confirma o que já havia sido apontado por outras instâncias: a inocência de Gusttavo Lima. Apesar dos danos à imagem do artista, celebramos que a verdade prevaleceu”, disse a nota, que também agradeceu o apoio de fãs e familiares.

Relembre o caso

A Operação Integration foi deflagrada em 4 de setembro de 2024, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão em Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás. Entre os alvos estavam a influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra.

No mesmo dia, o avião de Gusttavo Lima foi apreendido no aeroporto de Jundiaí (SP), enquanto o cantor estava na Grécia, acompanhado por José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques da Rocha, sócios da “Vai de Bet”.

Em 15 de setembro, Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. No entanto, no dia 23 do mesmo mês, o cantor deixou o Brasil rumo a Miami, horas antes de a juíza Andréa Calado decretar sua prisão preventiva.

No dia seguinte, a ordem de prisão foi revogada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O magistrado considerou que as justificativas para a prisão preventiva eram baseadas em suposições genéricas.

Em novembro, o Ministério Público pediu o arquivamento de parte da investigação sobre a venda do avião de Gusttavo Lima, recomendando que as denúncias sobre lavagem de dinheiro fossem remetidas à Paraíba. A Procuradoria-Geral de Justiça reforçou o pedido em dezembro, levando ao desfecho anunciado nesta quinta-feira.

(Informações via G1)

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