Duna: Parte 2, Rivais, Jurado Nº2 e mais – Os grandes esnobados do Oscar 2025

Em todo começo de temporada de premiações, inicia-se aquele clima de torcida para que os filmes que mais gostamos durante o ano consigam uma vaga nas maiores premiações do mundo do cinema. Entretanto, sempre tem aqueles ótimos competidores que parece que foram completamente esquecidos pelos votantes, e no Oscar 2025 não foi diferente. Pensando nisso, o Folhetim Cultural preparou uma lista com alguns dos maiores esnobados nesta edição do Oscar:

 

1- DUNA: PARTE 2

Foto: Warner

Sendo um dos filmes de maior sucesso e repercussão de 2024, Denis Villeneuve conseguiu encerrar de forma épica a jornada do primeiro livro de Duna em uma das experiências cinematográficas mais impressionantes do último ano. Mesmo que o longa tenha conquistado 5 indicações ao Oscar, muitos fãs e até mesmo integrantes do elenco argumentam que o longa merecia mais reconhecimento.

Para efeito de comparação, Duna foi indicado para 10 categorias. Desta vez, o longa perdeu espaço em categorias como Melhor Trilha Sonora, Montagem, Figurino, Maquiagem e Penteados e Roteiro Adaptado. Além disso, mais uma vez Villeneuve não foi indicado como Melhor Diretor, algo que irritou o próprio Josh Brolin.

O ator que deu vida a Gurney Halleck em ambos os filmes declarou previamente que iria se aposentar se a academia não reconhecesse o trabalho do diretor. Em um recente post em suas redes sociais, após o anúncio dos indicados, Brolin declara: “Bem, aparentemente vou parar de atuar porque o Denis Villeneuve não foi indicado. É assim que as coisas funcionam. Não faz sentido nenhum para mim”.

 

2- RIVAIS

Foto: Warner

Outro que foi um queridinho de crítica e público, o longa de Luca Guadagnino sobre partidas de tênis e intrigas românticas foi completamente esnobado pela Academia. Nem mesmo aspectos bastantes elogiados do filme como a direção de Guadagnino, a fotografia do longa, roteiro ou a trilha sonora original composta pela dupla Trent Reznor e Atticus Ross, foram reconhecidos pela premiação, algo que deixou vários fãs desapontados.

3- QUEER

Foto: A24

Se você acha que Rivais foi o único filme de Guadagnino esnobado nesta premiação, saiba que existe um segundo filme do diretor que também não conquistou uma única indicação sequer. Queer se trata de um drama ambientado na Cidade do México da década de 40, onde acompanhamos a história de um expatriado americano que se apaixona por um homem mais jovem.

Mesmo que o longa tenha sido bastante elogiado, especialmente pela atuação de Daniel Craig como protagonista, Queer também não emplacou nenhuma indicação neste Oscar.

 

4- JURADO Nº2

Foto: Warner

Mais um filme que foi totalmente escanteado neste circuito de premiações, Jurado Nº2 é o mais novo filme de Clint Eastwood, que mesmo aos 94 anos, continua firme e forte com seus projetos cinematográficos. O longa é um drama de tribunal onde acompanhamos a história de um cidadão comum sendo convocado a participar como júri de um caso de assassinato. O que deveria ser uma tarefa simples se torna muito mais complexa quando o jurado descobre ter uma ligação com o caso.

Com uma história que debate muito bem questões de moralidade e justiça, além de um ótimo trabalho de Nicholas Hoult no papel principal, é de fato uma pena ver que o filme não conseguiu nenhuma atenção em categorias de direção, atuação ou roteiro.

Entretanto, se você tem acompanhado o pré-lançamento do longa, isso é algo completamente compreensível, já que a Warner sequer divulgou o filme e praticamente “descartou” o longa direto no catálogo de streaming da MAX.

 

5- EDWARD BERGER (CONCLAVE) – MELHOR DIREÇÃO

Foto: Diamond Films

Assim como Denis Villeneuve, Edward Berger entregou um dos filmes mais prestigiados desta temporada com Conclave, um drama que aborda as disputas entre os cardeais da Igreja Católica para ver quem será o novo Papa. Mesmo com impressionantes 8 indicações ao Oscar, o próprio Berger acabou ficando fora da disputa pela estatueta dourada de Melhor Direção.

 

6- MARGARET QUALLEY (A SUBSTÂNCIA) – MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Foto: Mubi

Muito tem se falado, e com razão, do ótimo trabalho de atuação de Demi Moore em A Substância. No entanto, a outra metade que torna o longa o que ele é também merece atenção. Estou falando de Margaret Qualley, a atriz que interpreta Sue e dá um show de atuação, convencendo bastante como a versão mais jovem da personagem de Moore. Alguns podem até mesmo argumentar que seu trabalho no longa é superior à atuação de Demi. Se isso é verdade ou não, é algo bastante subjetivo, mas é uma pena ver um trabalho tão competente não receber os mesmos holofotes.

 

7- KISS THE SKY (ROBÔ SELVAGEM) – MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

Foto: Dreamworks

A nova animação da Dreamworks dirigida por Chris Sanders se tornou uma das mais aclamadas de toda a história do estúdio. O longa conseguiu indicações tanto na categoria de Melhor Animação como em Melhor Trilha Sonora, com as belíssimas composições de Kris Bowers. Se por um lado é muito legal poder ver animações conquistando espaços em outras categorias da premiação, por outro é uma pena que a animação não entrou na competição de Melhor Canção Original.

Performada por Maren Moris, a faixa Kiss The Sky (ou O Céu Vou Conquistar, em português) é uma belíssima melodia que toca durante uma das sequências mais emocionantes do filme. Caso não tenha escutado, esta é uma canção que merece dar uma conferida, seja na versão em inglês ou em português, ambas muito boas.

 

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