O escritor carioca Peter LaRubia apresenta seu novo romance, Dos quatro nenhum sentou à cabeceira, publicado pela Editora Patuá em 2025. Com 148 páginas, a obra mergulha nas complexidades das relações familiares, destacando os silêncios e ressentimentos que moldam os vínculos afetivos. O autor estará na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2025 para uma sessão de autógrafos no dia 1º de agosto, às 15h, no estande da com.tato, na Casa Escreva, Garota (Travessa Gravatá 56c/d).
O livro propõe uma reflexão sobre a violência passiva nas relações humanas, explorando a força do não dito por meio de uma narrativa densa, marcada por subtextos e imagens precisas. A trama foi inspirada em uma história real ouvida pelo autor há mais de duas décadas, sobre um homem que tirou a própria vida durante um jantar com a ex-mulher e as filhas. “Que espécie de desespero desencadeia um ato desses? Alimentado por quais culpas?”, questiona Peter. “Não queria uma narrativa movida por curiosidade mórbida, mas um mergulho simbólico, um fósforo aceso numa casa onde a luz acabou”, afirma.
Influenciado por autores como Raduan Nassar, Cormac McCarthy e Lourenço Mutarelli, além das tragédias de Sófocles e Eurípides, LaRubia opta por frases curtas, linguagem seca e diálogos carregados de tensão. “A linguagem precisava ser tão contundente quanto o silêncio que ela tenta romper”, explica.
Formado em Psicologia pela UFRJ e em Letras pela FEUC, o autor não atuou profissionalmente nessas áreas, tendo se dedicado à literatura e à música. Foi integrante das bandas Nabuco on the Roxy e Barbarella Inc. Seus romances anteriores incluem Terra do nunca (2013), Fúria (2018) e 10 reais & 1 maço de cigarros (2023). Segundo ele, a escrita funciona como um processo de investigação interna. “Cada livro é uma tentativa de encontrar respostas para perguntas que nem sabia que tinha”, declara.
Dos quatro nenhum sentou à cabeceira convida o leitor a encarar os vazios deixados por palavras não ditas e conflitos nunca resolvidos, como destaca a epígrafe retirada de Lavoura Arcaica: “Entre as coisas humanas que podem nos assombrar, vem a força do verbo em primeiro lugar.” É nessa tensão entre a palavra e o silêncio que o autor estabelece a força de sua nova obra.
Via Assessoria de Imprensa
Foto de Capa: Reprodução
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