O novo filme do universo de “A Fantástica Fábrica de Chocolate” chegou nos cinemas no último dia 7 de dezembro. O longa estrelado por Timothée Chalamet como o protagonista Wonka é uma prequela do filme que origem ao personagem. Com o objetivo de contar a história de Wonka antes do surgimento da Fábrica, quando ainda estava realizando suas diversas invenções mirabolantes e mágicas.
O longa ao estilo musical traz a estreia de Chalamet no vocal e dança, que além de demonstrar maturidade na atuação, consegue intercalar os momentos musicais com os de atuação de maneira brilhante. O ator também traz profundidade nos momentos de drama e no fim, entrega um Willy Wonka diferente dos demais já visto ao unir trejeitos do personagem tanto pela interpretação de Gene Wilder como de Johnny Deep.
O elenco de apoio com suas caricaturas de bonzinho e vilão mostra que hollywood ainda pode explorar muito essas vertentes sem cair no clichê chato e amador ou infantilizado.
A direção do filme aborda os temas de forma precisa e transforma a vibe “Harry Potter” da cidade e nos introduz ao mundo de fantasia criado pelo autor Roald Dahl do livro original, que por conseguinte se transforma na obra de sucesso.
Contudo, a mudança na história do personagem foi uma escolha ousada do cineasta que além de dirigir, também assina o roteiro. Ao invés da relação conturbada com o pai, Wonka possui afeto, amor e carinho por sua mãe, que o apresenta o extraordinário mundo dos chocolates, enquanto que o pai nem sequer existe.
Wonka é um filme brilhante sobre sonhar, amar e não desistir de nossos objetivos, mesmo quando as coisas parecem não darem certo. O público pode esperar muito divertimento, emoção e sair do cinema com vontade de comer os chocolates mágicos do Wonka que infelizmente nunca se tornarão realidade.
A paixão pelo personagem e a visão dos Umpa-Lumpa pode ser mudada a partir deste filme, saindo de um insano chocolateiro para um sonhador insaciável pela magia.
O filme leva 5 estrelas pelo Folhetim Cultural.