Divulgação
O ator e diretor Justin Baldoni, 40 anos, entrou com uma ação de difamação contra o The New York Times nesta terça-feira (31), após ser acusado de assédio sexual por sua colega de elenco Blake Lively. Baldoni alega que o jornal publicou um artigo “cheio de imprecisões, deturpações e omissões”, sustentado pela “narrativa egoísta” da atriz.
Em dezembro, Lively apresentou uma queixa ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia, acusando Baldoni de assédio sexual e retaliação. Ela afirmou que, após denunciar comportamentos inadequados no set de É Assim Que Acaba, Baldoni e sua equipe reagiram divulgando informações prejudiciais à imprensa para manchar sua reputação profissional.
O caso ganhou visibilidade quando o The New York Times publicou, em 21 de dezembro, o artigo “Podemos Enterrar Qualquer Um: Dentro de uma Máquina de Difamação de Hollywood”, com cerca de 4.000 palavras detalhando a queixa. O texto incluía informações do processo, geralmente confidenciais, e causou repercussão imediata. Após a publicação, Baldoni foi dispensado pela agência de talentos WME, que também representa Lively e seu marido, Ryan Reynolds. Leia o artigo em inglês.
A atriz recebeu apoio de Hollywood, incluindo uma declaração do sindicato SAG-Aftra e do estúdio Sony, que produziram É Assim Que Acaba. Por outro lado, Baldoni acusa Lively de fabricar as denúncias para assumir o controle criativo do filme e remodelar sua imagem pública, utilizando, segundo ele, acusações “absurdas e sensacionalistas” publicadas pelo jornal.
O diretor também afirma que o The New York Times falhou em manter a integridade jornalística, baseando-se quase exclusivamente na versão da atriz e ignorando evidências que contradizem suas alegações. Em sua defesa, o jornal declarou à CNN que seguirá “se defendendo vigorosamente” e que sua reportagem foi “meticulosamente apurada”, com base em milhares de documentos, incluindo mensagens e e-mails.
Enquanto os advogados de Lively reafirmam a veracidade das denúncias e prometeram abordar todas as alegações no tribunal, Baldoni e sua equipe defendem que as mensagens apresentadas pela atriz foram manipuladas. Em contrapartida, seu processo inclui comunicações que, segundo ele, demonstram a campanha de difamação conduzida por Lively.
Entre as acusações de Lively está a alegação de que Baldoni e Jamey Heath, outro produtor acusado, entraram em seu trailer sem convite enquanto ela estava despida. O diretor nega, apresentando uma mensagem de texto enviada pela atriz, que, segundo sua equipe, contradiz a acusação.
O conflito escalou com uma investigação sobre como as mensagens privadas foram obtidas e compartilhadas. Baldoni e os demais envolvidos negam veementemente as acusações, atribuindo a Lively a divulgação de informações para manipular a narrativa midiática.
“A estratégia foi claramente uma tentativa de revitalizar a imagem pública de Lively após críticas espontâneas nas redes sociais”, afirmou Bryan Freedman, advogado de Baldoni, que apresentou o caso ao Tribunal Superior de Los Angeles em nome do diretor e outros envolvidos. Segundo ele, há evidências que comprovam sua versão dos fatos.
VEJA TAMBÉM:
“É Assim que Acaba”: A Adaptação Cinemática do Best-Seller de Colleen Hoover Chega aos Cinemas