Edir Macedo perde processo na Justiça ao tentar censurar Netflix

Reprodução: RD1

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono do Grupo Record para a exclusão do documentário da Netflix ‘Diabo no Tribunal’ (2023). Segundo ele e seus advogados, a produção associa negativamente sua imagem a um caso real na Justiça dos EUA em que um réu alegou ter cometido assassinato por estar “possuído por um demônio”.

Além do dono da Igreja e do Grupo Record, seu genro, Renato Costa Cardoso também moveu a ação. Atualmente Cardoso é casado com filho de Edir Macedo, Cristiane Cardoso, diretora de dramaturgia da Record.

No processo, os advogados pediram uma tutela de urgência para que a produção fosse retirada do ar, por poder prejudicar a imagem do bispo publicamente. Contudo, na decisão obtida pelo portal Notícias de Tv, a juíza Paula da Rocha e Silva negou o pedido de tutela alegando que a exclusão configura censura. Ainda de acordo com o documento aponta que não houve “perigo de dano grave de difícil reparação”.

No documentário, os trechos que aparecem referências a Macedo são em 23:40,32:24 e 33:12. O objetivo principal não está na atuação da Igreja Universal, mas na história verídica que inspirou o filme ‘Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio’ (2021).

As imagens do documentário são veiculadas a título exemplificativo de sessões de possessões e “descarrego” feitas por Macedo e Cardoso na Igreja Universal. A juíza ainda apontou que na própria internet há vídeos disponibilizados em conta do próprio Macedo que demonstra as sessões em que a Netflix se referiu no documentário. “[…]de modo que, até os dias de hoje, sua igreja realiza as chamadas ‘sessões de descarrego'”, apontou a juíza.

O Diabo no Tribunal segue disponível no catálogo da Netflix.

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