Reprodução: Waner Bros
Por Maria Vitória Alves Silva – Especial O Folhetim Cultural
A sequência do aclamado filme “Coringa” (2019), Coringa: Delírio a Dois, é uma das produções mais aguardadas do ano. Sob a direção de Todd Phillips, o longa traz de volta Joaquin Phoenix no papel de Arthur Fleck, o perturbado personagem que se transforma no icônico vilão Coringa. Desta vez, Phoenix está acompanhado por Lady Gaga, que interpreta Harley Quinn, uma personagem central para a trama.
O enredo se passa após os eventos do primeiro filme, com Arthur Fleck preso em Arkham, um manicômio para criminosos com distúrbios psicológicos. A narrativa explora as interações de Fleck dentro da instituição e o florescer de uma nova paixão com outra paciente, Harley Quinn. A relação entre os dois é fundamental para o desenvolvimento da trama.
Quem nunca quis ser amado? Coringa: Delírio a Dois aborda essa busca de forma intensa e perturbadora. Arthur Fleck, em sua vulnerabilidade, coloca-se em situações extremas para conquistar a atenção de sua nova companheira e manter fiéis seus seguidores. Essa dinâmica revela até que ponto as pessoas podem perder sua identidade e ignorar seus próprios limites em nome da carência, busca do afeto e atenção.
A continuação se entrelaça de maneira inteligente ao filme anterior, utilizando metalinguagem e mantendo a coerência narrativa. O título da sequência não apenas nomeia o filme, mas complementa a obra, capturando perfeitamente o conceito de Delírio a Dois e refletindo a essência da trama.
Reprodução Warner Bros
Com um ritmo lento e dramático, o filme permite ao público mergulhar profundamente na psique de Arthur Fleck. Cada cena é cuidadosamente construída para refletir a complexidade do personagem e sua evolução, mantendo uma conexão íntima com o espectador. Este filme não apenas entretém, mas também provoca reflexões sobre a natureza humana e a sociedade.
Joaquin Phoenix, que ganhou o Oscar de Melhor Ator por sua atuação em Coringa, retorna com uma performance igualmente intensa e visceral. Sua interpretação continua a ser um estudo profundo da psicologia de Fleck, revelando sua vulnerabilidade e violência. Lady Gaga, com sua versatilidade artística, traz uma nova dimensão ao papel de Harley Quinn. Além disso, ela preparou o álbum “Harlequin”, que reflete o espírito da sequência e enriquece os momentos musicais do filme.
Todd Phillips, que também co-escreveu o roteiro, mantém a estética sombria e realista do primeiro filme, agora com uma nova camada de surrealismo proporcionada pelos números musicais. A direção de arte e a cinematografia são cuidadosamente elaboradas para refletir o estado mental dos personagens, utilizando cores, iluminação e enquadramentos que intensificam a sensação de claustrofobia e delírio.
A estreia de Coringa: Delírio a Dois está marcada para esta quinta-feira, 3 de outubro, nos cinemas brasileiros. A expectativa é alta, especialmente considerando o sucesso do primeiro filme, que arrecadou mais de um bilhão de dólares e recebeu 11 indicações ao Oscar, vencendo em duas categorias.
Este novo capítulo promete ser um dos filmes mais comentados do ano, com sua combinação de atuações poderosas e uma direção que ousa arriscar. Independentemente das críticas, Coringa: Delírio a Dois certamente provocará discussões e reflexões, consolidando ainda mais o legado do Coringa no cinema contemporâneo.
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