“Uma Vida – A História de Nicholas Winton”, um filme baseado em uma história real, conta toda a trajetoria de Nick (Anthony Hopkins), um corretor de bolsa britânico e humanitário que ajudou a resgatar 669 crianças judias que corriam o risco de serem assassinadas pela Alemanha Nazista durante o Holocausto.
O filme se inicia com Nicholas já velhinho, mas ainda carregando aquela culpa de não ter salvo todos os que sofriam pelos ataques de Hitler, culpa essa que se estende até as cenas finais.
Esse longa mistura o passado com o presente, mas de uma maneira bem confusa. De um lado temos um Nicholas Winton ágil, corajoso, querendo salvar o mundo. Já avançando muitos anos à frente, vemos um senhor culpado pelo último trem que saia de Praga nunca ter partido, pelas 250 crianças que lá estavam não conseguindo sair da cidade e nunca mais sendo vistas.
Uma coisa que venho notado em filmes sobre guerras e conflitos nos últimos tempos, é essa maneira de não mostrar morte, sangue e grandes violências físicas. Vi isso acontecer em “Zona de Interesse”, e vejo nesse filme também. Este jeito de contar histórias reais, com temas pesados, mas de uma maneira leve e descontraída me encanta. São formas de mostrar um acontecimento trágico, e que toda a família possa assistir, assim passando por gerações essa história tão linda.
As cenas finais são de emocionar qualquer um. Nicholas Wilton reencontrando as crianças, que ele salvou, já adultas e conseguindo se livrar de todo esse peso que lhe perseguia é incrível, e saber que essa cena foi inspirada em algo que realmente aconteceu deixa tudo mais lindo.
Mesmo o filme não sendo o melhor do mundo, ele nos conta sobre algo que ficou 50 anos escondido e que merece ser compartilhado para todas as gerações que estão por vir. Nicholas Wilton é um exemplo a se seguir, é uma das incríveis pessoas que salvaram tantas vidas que poderiam ser perdidas. Este é um filme que mostra o que pessoas comuns podem fazer pelo mundo, e o que esse homem fez foi de se admirar.
⭐⭐⭐⭐
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