Se você ainda não conhece Fernanda Torres, está por fora dos últimos acontecimentos! A recém indicada ao Oscar nasceu em 15 de setembro de 1965, no Rio de Janeiro. Além de atriz, Fernanda também brilha como escritora, com uma carreira impressionante que vai deixar você de queixo caído.
Filha de dois dos maiores nomes do cenário artístico do país, Fernanda Montenegro e Fernando Torres, ela já nasceu com o DNA da arte. Desde a sua estreia, Fernanda não perdeu tempo e logo se fez presente na televisão, no teatro, no cinema e na literatura, deixando sua marca em cada lugar, entregando performances inesquecíveis.
Cinema

No cinema, ela nunca passou despercebida. Sua estreia foi aos 17 anos, com o filme Inocência (1983), baseado no clássico do Visconde de Taunay e dirigido por Walter Lima Jr. Mas não parou por aí: sua carreira deslanchou com papéis marcantes como em A Marvada Carne (1985), de André Klotzel. Ao todo, ela somou mais de 24 filmes, incluindo um curta-metragem e uma participação no roteiro de Redentor (2004), dirigido pelo seu irmão, Cláudio Torres. Entre os destaques dessa trajetória épica, estão: Eu Sei Que Vou Te Amar (1986), de Arnaldo Jabor; Com Licença, Eu Vou à Luta (1986); One Man’s War (1991), de Sergio Toledo, com Anthony Hopkins e Norma Aleandro; Terra Estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas; O Que É Isso, Companheiro? (1997) – o filme de Bruno Barreto que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1998; Gêmeas (1999); e Casa de Areia (2005), ambos dirigidos por Andrucha Waddington, seu marido. Aliás, Casa de Areia teve uma conexão especial: foi o primeiro filme em que trabalhou com sua mãe, a lenda Fernanda Montenegro.
Em 2024, a estrela brilhou mais uma vez, novamente com Walter Salles, no filme Ainda Estou Aqui. Seu desempenho foi tão impressionante que rendeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama e uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Isso sim é talento de sobra, né?
Televisão

Na televisão, a estrela não fez por menos! Em 1986, ela foi chamada para dar vida à protagonista Simone Marques no remake de Selva de Pedra, um dos maiores sucessos da autora Janete Clair. Nos anos 80, ela também brilhou na minissérie Parabéns Pra Você, dirigida por Dennis Carvalho e Marcos Paulo; e no Caso Especial O Fantasma de Canterville, adaptação do conto de Oscar Wilde, sob a direção de Antônio Pedro.
Nos anos 90, seu talento foi cada vez mais associado ao humor. Em 1994, ela fez sua marca com participações memoráveis em três episódios de Terça Nobre e em cinco episódios de A Comédia da Vida Privada, com textos de Guel Arraes e Jorge Furtado. Não faltou risada por aí!
Nos anos 2000, o que a gente viu foi uma explosão de humor! De 2001 a 2003, ela foi a protagonista ao lado de Luiz Fernando Guimarães na série Os Normais, que fez todo mundo rir com as situações cotidianas hilárias do casal Rui e Vani. O sucesso foi tanto que a série virou filme, Os Normais – O Filme, pela Globo Filmes.
EM 2008, ela e Evandro Mesquita deram vida ao divertido quadro Sexo Oposto, no Fantástico. E não parou! De 2011 a 2015, protagonizou a série de comédia Tapas & Beijos ao lado de Andrea Beltrão, mostrando que o humor é com ela mesma!
Mas não acabou, viu? De 2016 a 2018, ela arrasou escrevendo o roteiro do longa O Juízo, com sua mãe no elenco, e se destacou na segunda temporada de Sob Pressão como Renata, a nova administradora do hospital. Um arraso!
E como se não fosse o suficiente, ela também lançou o podcast A Playlist da Minha Vida na Deezer, onde ela se mostrou uma entrevistadora de mão cheia. Tudo isso, claro, com aquele carisma irresistível que só ela tem!
Teatro

No teatro, Fernanda Torres começou cedo, aos 13 anos! Sua estreia nos palcos foi em 1978, na peça Um Tango Argentino, de Maria Clara Machado. E quem pensou que ela ia parar por aí? Ela passou a ser uma verdadeira estrela, com mais de uma dezena de peças no currículo. Entre os grandes destaques, estão trabalhos como Orlando (1989), de Bia Lessa; Da Gaivota (1998), de Daniela Thomas; Duas Mulheres e um Cadáver (2000), de Aderbal Freire Filho; e 5 x Comédia, de Hamilton Vaz Pereira. E claro, não podemos esquecer do A Casa dos Budas Ditosos – um monólogo baseado no romance de João Ubaldo Ribeiro.
Ela fez parte da Companhia de Ópera Seca, fundada por Gerald Thomas, participando de três peças inesquecíveis, em 1991, onde dividiu o palco com sua mãe. A peça fez turnê nos Estados Unidos e pela Europa. Imagine a energia dessas apresentações!
Literatura
Fernanda Torres também mostrou que talento não se limita apenas aos palcos e telas, ela é uma escritora de mão cheia! Seu romance de estreia, Fim (2013), publicado pela Companhia das Letras, foi um verdadeiro sucesso. Nele, ela nos apresenta a um grupo de amigos cariocas que se deparam com a morte e as frustrações da vida, enquanto revivem momentos marcantes. A obra é um convite para refletir sobre o que realmente importa a vida.
Em 2014, Fernanda mostrou seu talento para a crônica com Sete Anos, uma coletânea que reúne textos brilhantes e afiados, publicados em revistas e jornais. Cinema, teatro, política ou questões do cotidiano: não importa o tema, o que não falta é humor, sinceridade, inteligência e aquele olhar irreverente, com a pitada exata de ironia que só ela sabe dar.
E se você achava que ela tinha parado por aí, em 2017, ela surpreendeu novamente com A Glória e Seu Cortejo de Horrores, que entrou direto para a lista dos mais vendidos do PublishNews. O livro segue as desventuras de Mário Cardoso, um ator de meia-idade, que vive o auge da fama como astro de telenovela até sua queda vertiginosa. O romance é uma sátira genial sobre os altos e baixos da carreira artística.
Com esses livros, Fernanda Torres não só conquistou o público no palco e nas telinhas, mas também nas páginas, mostrando que sua escrita é tão poderosa quanto sua atuação.
Prêmios

Durante seus impressionantes 40 anos de carreira, Fernanda Torres acumulou prêmios e reconhecimento. Em 1986, ela fez história ao se tornar a primeira brasileira a conquistar o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes por Eu Sei Que Vou Te Amar.
No Festival de Gramado de 1985, ela também levou o prêmio de Melhor Atriz por sua atuação em A Marvada Carne, e, no Festival de Brasília de 1999, foi novamente reconhecida com o prêmio de Melhor Atriz por Gêmeas.
Recebeu também o Prêmio APCA por suas atuações marcantes no cinema e na TV, e em 2006, brilhou no Festival de Guadalajara, onde foi premiada como Melhor Atriz.
Na literatura, Fernanda também se destacou, recebendo o Prêmio Jabuti de 2018 como Melhor Livro Brasileiro Publicado no Exterior pelo seu romance Fim.
No palco, na tela ou na literatura, Fernanda desafia o tempo. Com um lembrete de que o talento não envelhece, e não conhece limites.