Após um longo processo na justiça dos Estados Unidos, o rapper e produtor musical, Sean “Diddy” Combs recebeu a data de libertação para 08 de maio de 2028, de acordo com os registro públicos divulgados pelo Departamento Federal de Prisões. Diddy foi condenado a 50 meses de reclusão, aproximadamente quatro anos, por transporte para envolvimento em prostituição.
Contudo, o rapper foi absolvido pelo júri dos casos mais graves de tráfico sexual e associação criminosa. Caso fosse condenado, Diddy poderia receber prisão perpétua.
Ainda de acordo com as informações, a data de libertação leva em consideração o tempo já cumprido de quase um ano.
Ao longo do julgamento, os advogados do empresário reconheceram que ele mantinha um histórico de comportamento agressivo contra mulheres com quem se relacionou ao longo dos anos.
O júri foi exposto repetidas vezes a registros em vídeo que mostram Combs atacando com violência sua ex-companheira Cassie Ventura em um corredor de hotel em Los Angeles, no ano de 2016. Durante o processo, também foram apresentadas fotos que exibiam cortes e hematomas no corpo da artista.
Cassie foi a principal testemunha da acusação e relatou ter sofrido diversos episódios de violência física, além de ser coagida a consumir drogas e a manter relações sexuais com outros homens sem consentimento ao longo dos 10 anos de relacionamento — período no qual Combs controlava sua carreira e suas finanças. Outra vítima, identificada como “Jane”, também prestou depoimento, afirmando ter enfrentado abusos psicológicos, financeiros e físicos, além de ser induzida a ter relações com terceiros enquanto estava sob efeito de entorpecentes.
Na decisão final, o juiz Arun Submaranian condenou duramente as atitudes de Diddy e refutou a “tentativa da defesa de reduzir os acontecimentos a interações íntimas consensuais ou narrativas de sexo, drogas e rock ‘n’ roll”.
Submaranian destacou que as evidências demonstraram que o réu “se aproveitou do poder e da influência que exercia sobre as mulheres que dizia amar”.
“Você as feriu física, emocional e mentalmente, e utilizou esse sofrimento para alcançar seus próprios objetivos”, declarou o magistrado ao se dirigir diretamente ao rapper. “Isso foi uma forma de dominação, que levou tanto a Sra. Ventura quanto Jane a cogitarem tirar a própria vida.”
Além do caso em questão, Combs é alvo de cerca de 70 ações civis, nas quais a maioria dos denunciantes — alguns menores na época dos supostos crimes — alega ter sido drogada e abusada sexualmente por ele.
A defesa do artista negou todas as acusações.
Foto de capa: Reprodução Rolling Stone Brasil
