Ravi Brasileiro e Leo Bianchini entram no samba com parceria que transforma a crônica do absurdo em drama com batucada

Ravi Brasileiro e Leo Bianchini não vieram para contar história. Mas como todo bom samba que se preze, Melhor Um Final Horroroso Que Um Horror Sem Fim é a típica crônica brasileira que vai do drama à ironia sem perder a ternura. Mas também, não passa pano para a sofreguidão. Com pitadas de sarcasmo e malícias suntuosas, a batucada é um espelho do cotidiano repleta de cadências e percepções com direito a clipe e minidoc sobre o processo de composição.

Ouça aqui ´Melhor Um Final Horroroso Que Um Horror Sem Fim“ 

Entre conversas à distância, foi assim que a letra de Melhor Um Final Horroroso Que Um Horror Sem Fim começou a ganhar forma nos encontros entre Ravi e Leo. Mas como reza um bom samba foi pessoalmente que a poesia teve a sua reviravolta.

“Desde as primeiras ligações com o Ravi, ele me convidou para o projeto, e eu aceitei de cara”, rememora Leo Bianchini que do samba, entende bem. Desde 2009, o músico e compositor integra a banda 5 a Seco, reconhecida pela rica diversidade sonora na música brasileira e vencedora do Latin Grammy 2025, na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira pelo álbum Sentido.

Ainda assim, para o artista, o processo de criação do Melhor Um Final Horroroso Que Um Horror Sem Fim é um espelho sobre o indivíduo. Porém, o drama com um pouco de samba é uma escolha que pode trazer outras amenidades.

“Eu acho que é uma questão de decisão. De você encarar. Por mais que a coisa seja doída. Você encara de uma vez e resolve, do que ficar estendendo as dificuldades. A gente tende a querer curtir esse drama, e acho que é natural da personalidade do ser humano”, reflete Leo Bianchini no minidoc disponível pelo YouTube, com direção de Oruê Brasileiro.

Ravi e Leo desfilam causos corriqueiros com malícia e se divertem com situações que refletem a arte do encontro em não saber protelar a poética do instante. E claro, deu samba.

“Esta canção cheia de causos já nasceu e sabíamos que fecharia o trabalho. Guardei na minha gaveta de ideias esta frase maravilhosa que ouvi num cafézão daqueles que junta a família toda. Leo matou a charada da canção rapidamente”, comemora Ravi Brasileiro.

Fazer samba não é contar piada como já diz o poeta. Do improviso à construção da letra, Melhor Um Final Horroroso Que Um Horror Sem Fim é uma composição que fluiu, justamente por Ravi e Leo terem plena consciência sobre a arte do encontro em não saber protelar a poética do instante.

“O Leo fez a harmonia e a gente cantarolou um monte de histórias improvisando. Sem chegar num lugar certeiro para nossos causos. Mas tínhamos um forte refrão. Com a encomenda na mão, fomos juntos pensando em inúmeras situações que costumam ser proteladas. Dos vários causos, ficamos com a extração do siso, parar de fumar, entrar na água gelada e com o término de um relacionamento”, expõe.

Melhor Um Final Horroroso Que Um Horror Sem Fim integra o recém lançado 7por2, projeto idealizado por Ravi Brasileiro e gravado no Parque Jaime Lerner, no Estúdio Geração Pedreira, na Rua da Música, em Curitiba.

Além de Leo Bianchini, Badi Assad, Dante Ozzetti, Carlos Careqa, Bruna Caram, Flaira Ferro e  Caito Marcondes, são os artistas que integram o álbum disponível pelas plataformas de streaming. Ouça aqui.

Projeto realizado por meio da Lei Municipal Complementar 57/2005 do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura. Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba.

Foto de capa: Odara Vision e Oruê Brasileiro

Via Assessoria de Imprensa

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