A organização dos Jogos Olímpicos de Paris e a World Triathlon, a federação global de triatlo, comunicaram na madrugada desta terça-feira, dia 30, o adiamento da prova masculina da modalidade devido à qualidade da água do Rio Sena.
Serão realizados novos testes para verificar as condições da água, com a possibilidade de remarcações até o dia 2 de agosto. Além do triatlo, a maratona aquática também deve acontecer no Rio Sena, onde a brasileira Ana Marcela Cunha é a atual campeã.
Os representantes do Brasil no triatlo masculino são Manoel Messias e Miguel Hidalg, enquanto Djenyfer Arnold e Vittoria Lopes competirão na categoria feminina.
A prática de natação no Sena é proibida há mais de um século, principalmente por conta da má qualidade da água. Para preparar o rio para os Jogos Olímpicos, os organizadores investiram 1,4 bilhões de euros. A ministra do Esporte da França e a prefeita de Paris chegaram a nadar no rio para celebrar as melhorias nas condições aquáticas antes do evento olímpico.
No começo de junho, análises diárias da qualidade da água revelaram níveis preocupantes da bactéria E. coli, mas desde então houve progressos significativos. Dentre as ações adotadas para melhorar a situação da água, estão a construção de um grande reservatório para coletar o excesso de água das chuvas, a renovação da infraestrutura de esgoto e a atualização das estações de tratamento de água.
Cerca de duas semanas antes do início dos Jogos, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, nadou no rio, cumprindo assim sua promessa de demonstrar que a água estava limpa o suficiente para atender aos atletas.