Uma pesquisa recente conduzida pela TD Cowen com 2.500 consumidores norte-americanos da Netflix revela que, mesmo após o reajuste nos preços, uma parcela significativa dos assinantes está disposta a aceitar novos aumentos. Segundo o levantamento, 54% dos assinantes disseram que topariam pagar ao menos US$ 1 a mais por mês pelo serviço, um salto em relação aos 49% registrados no segundo trimestre de 2024.
Apesar dessa aparente aceitação, a pesquisa também aponta um alerta importante: 46% dos entrevistados afirmaram que cancelariam a assinatura caso os preços subissem. O cenário revela uma divisão relevante no comportamento do consumidor diante das mudanças na plataforma.
O reajuste detalhado pela Netflix inclui o primeiro aumento em três anos no plano Padrão, que permite até duas telas simultâneas em HD. O plano com anúncios, por sua vez, teve um reajuste de US$ 1, passando de US$ 6,99 para US$ 7,99 mensais. Já o plano Premium, com mais benefícios, saltou para US$ 24,99 por mês. Para quem deseja adicionar uma tela extra, o custo subiu de US$ 7,99 para US$ 8,99 mensais.
Em carta trimestral aos investidores, a Netflix justificou os aumentos: “À medida que continuamos a investir em programação e entregar mais valor para nossos membros, ocasionalmente pediremos a eles que paguem um pouco mais para que possamos reinvestir para melhorar ainda mais a Netflix.” A empresa também informou que está ajustando os preços não só nos Estados Unidos, mas em outros mercados importantes como Canadá, Portugal e Argentina, medidas já previstas para 2025.
Esses dados reforçam o desafio da empresa de equilibrar seu modelo de negócios, buscando recursos para inovar e expandir o catálogo, sem perder a confiança – e o bolso – de uma base de consumidores cada vez mais atenta aos custos dos serviços de streaming.
Foto de capa: Reprodução
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