No último dia do evento, painel aborda as características do jornalismo de soluções
Durante seis dias o Rio2C reuniu em seu ecossistema, milhares de palestras com criadores, empreendedores, especialistas e players de setores como audiovisual, música, mídia, tecnologia e sustentabilidade. No último dia do evento, no palco Writer’s room, aconteceu o painel “O jornalismo que aponta soluções e inspira mudanças”, com os convidados: Daniel Nardim, diretor executivo do “Amazônia Vox” e Rene Silva, fundador do “Vozes da Comunidade”, e tendo a jornalista Andrea Escobar como mediadora.
No painel, os convidados explicaram que o jornalismo de soluções é um tipo de jornalismo que nasce a partir de um problema. É um jornalismo de representatividade. “Nossas pautas principais são os problemas sociais do cotidiano, a vivência da favela, os projetos sociais e culturais que não tem visibilidade, acabam ganhando destaque em nossos jornais…o nosso papel é cobrar do poder público as melhorias necessárias que são reportadas na comunidade”, diz Rene Silva, fundador do jornal “Vozes da Comunidade” jornal comunitário que retrata o cotidiano do Complexo do Alemão.
“Basicamente a gente precisa entender que jornalismo de soluções é jornalismo. E como jornalismo ele segue o rigor da apuração, só que ele busca contar um problema a partir de uma resposta. Então, com isso você consegue falar dos problemas da sociedade, mas, com uma narrativa que tende ser mais propositiva. Então você mostra a resposta do problema, mostra as evidências de que aquilo está funcionando… Não é um novo jornalismo, ele é complementar”, explica Daniel Nardim, jornalista e diretor executivo do “Amazônia Vox”.
O jornalismo de soluções nasce a partir de um problema, mas, percorre todo caminho para solução daquele problema. É um jornalismo também dinâmico, mas, que se diferencia ao buscar soluções e proposições ao problema noticiado, e quando necessário, até acompanhar toda trajetória que essa solução percorre.