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Nesta quinta-feira, o Flamengo realizou mais uma onda de demissões, desta vez no departamento de base. Após mudanças recentes no setor médico, mais de 50 pessoas, entre funcionários e jogadores, foram desligadas.
De acordo com apuração do ge, o clube identificou cargos considerados desnecessários, apontando um “aparelhamento” na base nos últimos anos. A nova gestão busca reorganizar as categorias inferiores e aproximar seus métodos da filosofia de trabalho do elenco profissional.
Entre os profissionais demitidos estão técnicos que comandavam equipes do sub-11 ao sub-16, incluindo Raphael Bahia, treinador do Flamengo na última Copa São Paulo de Futebol Júnior. Além disso, alguns jogadores das categorias menores também foram informados que não continuarão no clube. A notícia foi divulgada inicialmente pelo canal Flazoeiro.
O diretor José Boto, responsável pela reestruturação do futebol rubro-negro, já havia antecipado mudanças em entrevista ao ge na quarta-feira:
“Sinceramente, acho que há algumas ‘dobragens’ de funções, pessoas que fazem exatamente a mesma coisa que os outros, o que não é necessário.”
Boto foi contratado pelo presidente Bap para liderar a reformulação no departamento de futebol. A coordenação da base agora está sob a responsabilidade de Carlos Noval, que também participou do diagnóstico e das decisões estratégicas.
O diretor ressaltou a necessidade de ajustar o modelo de treinamento nas categorias inferiores:
“Há muitos treinadores na base trabalhando como se estivessem treinando equipes profissionais. O conceito deve ser formar o jogador, independentemente daquilo que pensa o treinador em termos de sistemas táticos, mas lhes dando os fundamentos típicos do futebol brasileiro e que fazem com que os europeus venham aqui buscar tantos jogadores.”
As demissões provocaram grande impacto no clube e intensificaram o clima de instabilidade. Nos bastidores, a expectativa é que novas mudanças sejam anunciadas nas próximas semanas.
Veja a nota do Flamengo completa:
“O Clube de Regatas do Flamengo informa que está promovendo uma reestruturação estratégica nas categorias de base, com o objetivo de fortalecer ainda mais o seu papel como formador de grandes talentos do futebol, uma marca do DNA Rubro-Negro.
Essas mudanças estruturais visam alinhar as categorias de base do clube à filosofia de trabalho adotada no futebol profissional, garantindo uma integração vertical das ideias e padronização do modelo de jogo. A reformulação ainda inclui a adoção de práticas mais modernas, replicadas nos principais clubes do mundo, com foco na otimização de processos, funções e elencos.”
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