Fernanda Montenegro e Fernanda Torres juntas no New York Times

Ainda Estou Aqui (2024) (Divulgação Sony)

O jornal norte-americano The New York Times publicou neste sábado (14) uma reportagem sobre o filme Ainda Estou Aqui, que reúne Fernanda Montenegro e sua filha, Fernanda Torres, destacando as chances de a produção brasileira ser indicada ao Oscar 2025.

Fernanda Montenegro, indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1999 por sua atuação em Central do Brasil, dirigido por Walter Salles, volta a trabalhar com o cineasta em Ainda Estou Aqui. Aos 95 anos, a atriz perdeu a estatueta na época para Gwyneth Paltrow, protagonista de Shakespeare Apaixonado. Segundo o NYT, “o Brasil nunca superou a esnobada”.

Agora, é Fernanda Torres quem ganha projeção em Hollywood, com o jornal afirmando que a atriz está buscando a “estatueta dourada por um papel que reacendeu a febre cinematográfica — e o reconhecimento nacional — no maior país da América Latina”.

“Um blockbuster surpresa no Brasil alimenta esperanças de Oscar, e de um acerto de contas”, anuncia o título da reportagem

A publicação também ressalta as indicações de Ainda Estou Aqui ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz para Fernanda Torres, o que, segundo o texto, “reforça as esperanças no Oscar”.

O NYT observa, no entanto, que Fernanda Torres pode enfrentar uma disputa acirrada este ano, com concorrentes como Angelina Jolie, pelo filme Maria Callas, e Nicole Kidman, por Babygirl. Em entrevista ao jornal, Fernanda comentou que uma eventual indicação ao Oscar, como sua mãe teve, “seria uma história incrível”. Sobre a possibilidade de vencer, foi mais cautelosa: “Agora, ganhar, acho impossível”. O jornal ainda lembra que, desde a primeira cerimônia do Oscar, em 1929, apenas duas atrizes venceram o prêmio por papéis principais em filmes estrangeiros.

Além das entrevistas com mãe e filha, a reportagem destaca o sucesso de bilheteria do filme no Brasil e aborda seu aspecto político, que denuncia a tortura e o desaparecimento de vítimas da ditadura militar no país. O texto também inclui declarações do diretor Walter Salles e de Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou a produção.

Recentemente o filme foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de “Melhor Filme de Língua Não-inglesa” e Fernanda Torres na categoria de “Melhor Atriz de Drama”. O longa já levou mais de 2 milhões de espectadores aos cinemas e continua em cartaz no Brasil.

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