No século XIX, escravizados nos EUA desenvolveram o blues como forma de expressão musical, usando o call and response (chamado e resposta) para se comunicar nos campos de algodão. Esse estilo, profundamente enraizado na cultura afro-americana, evoluiu nas décadas seguintes, influenciando novos gêneros.
Na década de 1940, surgiu o rhythm and blues (R&B), uma fusão de jump blues, jazz acelerado, boogie-woogie e gospel. Foi dessa mistura que, nos anos 1950, nasceu o rock ’n’ roll, revolucionando a música com sua batida contagiante e atitude rebelde.
A expansão do Rock: Dos EUA para o mundo
O rock ’n’ roll americano chegou à Grã-Bretanha nos anos 1950, mas foi na década seguinte que o termo “rock” se consolidou. O país tornou-se um celeiro de bandas lendárias, como The Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Pink Floyd, Black Sabbath e Queen, entre muitas outras, além de artistas solo como Elton John e David Bowie.
No Brasil, o rock chegou também nos anos 1950. A primeira gravação foi “Rock Around the Clock” na voz de Nora Ney, e nomes como Roberto Carlos e Tim Maia (influenciados por Little Richard) ajudaram a popularizar o gênero. O Clube do Rock, criado por Carlos Imperial no Rio, foi um marco para a cena roqueira nacional.
Em 13 de julho de 1985, o produtor Bob Geldof organizou o lendário Live Aid, um festival simultâneo em Londres e Filadélfia com os maiores nomes do rock da época. O evento, que arrecadou fundos para combater a fome na Etiópia, entrou para a história não só pela causa, mas pela grandiosidade musical. Por seu impacto cultural, a data foi consagrada como o Dia Mundial do Rock.
O Legado que Continua: Ozzy Osbourne e o Black Sabbath
Recentemente, o rock mostrou sua força eterna no emocionante show de despedida de Ozzy Osbourne e Black Sabbath em Birmingham. Apesar dos desafios de saúde (Ozzy luta contra o Parkinson), o “Príncipe das Trevas” emocionou o público, que cantou clássicos como “Crazy Train”. Artistas como Metallica, Guns N’ Roses e Slayer prestaram homenagens, reforçando a influência da banda no heavy metal.
O evento, que teve lucros revertidos para caridade, reuniu lendas como Steven Tyler (Aerosmith), Ronnie Wood (Rolling Stones) e Tom Morello (Rage Against the Machine), provando que o rock continua vivo e unindo gerações.
Do blues dos campos de algodão ao Live Aid e aos grandes festivais atuais, o rock transcende décadas, culturas e fronteiras. O Dia Mundial do Rock não só celebra a música, mas também seu poder de transformação social e união — seja na luta contra a fome, na quebra de barreiras raciais ou na eterna rebeldia que inspira milhões.
