Dia dos Pais: Da antiga Babilônia ao comércio moderno

História por trás da data

O Dia dos Pais, celebrado no segundo domingo de agosto no Brasil, foi instituído em 1953 pelo publicitário Sylvio Bhering, então diretor do jornal O Globo. A ideia surgiu não apenas como uma forma de homenagear a figura paterna, mas também com o objetivo de movimentar o comércio no segundo semestre, seguindo o exemplo do sucesso do Dia das Mães. Com o tempo, a data se consolidou como um momento de reconhecimento e valorização dos pais, fortalecendo os laços familiares.

A celebração da figura paterna, no entanto, não é uma tradição recente. Há mais de 4 mil anos, na antiga Babilônia, já existiam registros de homenagens aos pais. Um dos relatos mais antigos é o do jovem Elmesu, que teria esculpido em argila o que seria considerado o primeiro cartão de Dia dos Pais, com votos de vida longa e saúde para seu progenitor. Essa prática se perpetuou em diferentes civilizações, mostrando que a gratidão aos pais é um valor universal.

Nos Estados Unidos, a data é comemorada no terceiro domingo de junho, por influência de Sonora Louise Smart Dodd, que em 1909 quis homenagear seu pai, um veterano da Guerra Civil Americana. A celebração ganhou força e se espalhou pelo mundo, embora em datas diferentes conforme cada país.

No Brasil, o Dia dos Pais se tornou uma das datas mais lucrativas para o comércio. De acordo com levantamentos, o segundo domingo de agosto é a quarta comemoração que mais gera vendas, ficando atrás apenas do Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados. Presentes como roupas, eletrônicos e experiências em família movimentam o mercado, mas, mais do que isso, a data reforça a importância de celebrar e agradecer aqueles que desempenham o papel de pai, seja biológico ou afetivo.

Assim, o Dia dos Pais vai além do aspecto comercial: é uma tradição que remonta às civilizações antigas e que, hoje, continua a fortalecer os vínculos familiares e a reconhecer o amor e o cuidado paternos.

 

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