“Profissão Repórter” mergulha nos bastidores da cultura do sucesso digital no Brasil

Em uma era em que a vida conectada redefine carreiras e sonhos, o Profissão Repórter apresenta nesta terça-feira, dia 28, uma investigação sobre o universo dos criadores de conteúdo e dos chamados “coaches” que prometem transformar curtidas em lucro. A atração, liderada por Caco Barcellos, percorre diferentes realidades desse mercado que movimenta milhões de brasileiros e alimenta a busca por prosperidade nas redes sociais.

A reportagem revela contrastes marcantes: enquanto influenciadores como Lívia Brasil exibem luxo e estabilidade conquistados através da internet, a grande maioria segue na tentativa de romper as barreiras de um ambiente extremamente competitivo. A pesquisadora Rosana Pinheiro Machado aponta que aproximadamente 25 milhões de pessoas no país buscam uma fonte de renda digital — mas o caminho, muitas vezes, passa por dívidas, ansiedade e frustrações diante da promessa de um sucesso que não chega para todos.

O programa também destaca histórias de quem encontrou na internet um instrumento de autonomia. É o caso de Neli e Zé Iris, pequenos empreendedores da zona oeste de São Paulo, que transformaram a própria casa na sede da “Neli Doces”. Hoje, assim como sete em cada dez microempresários brasileiros, segundo o Sebrae, eles dependem das redes para divulgar seus produtos e manter o negócio funcionando.

Nas periferias, a influência digital também se torna estratégia de sobrevivência e oportunidade. Em São João de Meriti (RJ), a equipe do repórter André Neves Sampaio acompanha o trabalho de Matheus Cauã, de 22 anos, que ensina moradores de comunidades a utilizar as plataformas online como ferramenta de divulgação e geração de renda.

O crescimento do mercado de afiliados — já com mais de 5 milhões de brasileiros — também entra em pauta. A repórter Danielle Zampollo apresenta os bastidores de um grande evento do setor realizado em São Paulo e acompanha o dia a dia de Fernanda Padula e Júnior Invernizzi, casal que transformou a divulgação de produtos domésticos em fonte de receita. Com mais de 600 mil seguidores e jornadas que chegam a 16 horas diárias, eles faturam cerca de R$ 15 mil ao mês para manter o engajamento da audiência.

Profissão Repórter vai ao ar logo após o humorístico Aberto ao Público e propõe uma reflexão urgente: em uma sociedade que transformou visibilidade em moeda, quem de fato consegue prosperar — e qual o custo desse sucesso?

Foto de capa: Reprodução TV Globo

Via Assessoria de Imprensa

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