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Curitiba, Notícias, Teatro

Fenômeno de público e crítica, espetáculo “Helena Blavatsky, A Voz do Silêncio” realiza curta temporada em Curitiba

Gaby Lara12 de setembro de 202512 de setembro de 2025

Foto: Marlon Maycon

Helena Blavatsky viveu 134 anos atrás, mas seu pensamento contundente e transformador continua vivo. Espetáculo ocorre nos dias 4 e 5 de outubro, no Teatro Bom Jesus

Na cena teatral brasileira, o espetáculo “Helena Blavatsky, A Voz do Silêncio”, monólogo com a aclamada interpretação de Beth Zalcman, sob a direção de Luiz Antônio Rocha a partir de texto de Lucia Helena Galvão, segue impressionando plateias. Após mais de 200 apresentações em todo o Brasil, para mais de 100 mil espectadores, a peça chega pela primeira vez em Curitiba, com duas apresentações, no dia 4 de outubro (sábado), a partir das 20h e, 5 de outubro (domingo), a partir das 18h, no Teatro Bom Jesus (Rua 24 de Maio, 135 – Centro). Os ingressos estão disponíveis pelo Disk Ingressos.

Esta é a oportunidade para descobrir ou rever este espetáculo cujo sucesso confirma a atualidade de Blavatsky e o vigor artístico da encenação. Os diálogos entre ciência, religião, história e filosofia; a busca pelo conhecimento; a condição feminina e sua capacidade transformadora em meio às adversidades de todas as épocas, estão no cerne de “Helena Blavatsky, A Voz do Silêncio”.

Para Luiz Antônio Rocha, resgatar o pensamento de Blavatsky é de extrema importância – “especialmente em um momento de caos mundial, no qual o fundamentalismo, as tecnologias e as crises políticas e climáticas invadem nossa dignidade com tanta violência. Segundo Blavatsky, o universo é dirigido de dentro para fora, pois nenhum movimento ou mudança exterior do ser humano pode ter lugar no corpo externo se não for provocado por um impulso interno”, observa o diretor sobre a revolucionária filósofa russa.

Beth Zalcman, atriz premiada cuja interpretação de Blavatsky fortalece seu status de grande artista do teatro brasileiro, comenta: “Interpretar Blavatsky é mergulhar no improvável, no intangível. Nada mais desafiador para uma atriz do que um texto que demanda extrema sensibilidade, concentração e imaginação, e transporta a plateia para um universo de possibilidades”.

Visionária e libertária

Em pleno século 19, quando as mulheres não tinham voz, Blavatsky rompeu paradigmas, enfrentou preconceitos, intolerâncias e opressões sociais para se lançar em uma viagem através do mundo em busca de conhecimento filosófico, espiritual e esotérico. A partir de Constantinopla, quase sempre de navio, iniciou um longo itinerário pelo Egito, Oriente Médio e Índia.

No Tibete, sob orientação de mahatmas, conheceu “segredos” cosmológicos e estudou o potencial evolutivo do espírito humano. Determinada a desafiar o materialismo e o secularismo do Ocidente, flertou com o espiritualismo americano no início da década de 1870, antes de lançar a Teosofia, uma nova visão do cosmos e do propósito humano, baseada nas revelações de seus mahatmas tibetanos.

Em 1875, junto com Henry Steel Olcott, fundou em Nova York a Sociedade Teosófica, que foi transferida para a Índia em 1879. A rápida expansão da Sociedade Teosófica na Europa e na América impulsionou a popularidade das religiões orientais e o renascimento do ocultismo moderno. Foi quando Blavatsky tornou-se uma lenda que vem atravessando os tempos.

Fascinante, controversa, revolucionária, Blavatsky exerceu intensa atividade literária. A Doutrina Secreta, sobre a evolução do universo e da humanidade, é considerada sua obra-prima.

Teve detratores que a acusaram de fraude, mas uma legião de personalidades brilhantes que declararam publicamente a admiração por ela. Entre os que reconheceram-se influenciados por Blavatsky estão os cientistas Robert Oppenheimer, Wilhelm Reich e Thomas Edison; literatos como Fernando Pessoa, Leon Tolstói, James Joyce. T.S. Eliot, George Bernard Shaw e Aldous Huxley; pintores como Piet Mondrian, Nikolai Roerich e Wassily Kandinsky; músicos como Alexander Scriabin; o ator e diretor teatral Constantin Stanislavski; os líderes espirituais Rudolf Steiner, George Gurdjieff, Krishnamurti e Ghandi.

Foto: Lucas Pacheco

Personagem atemporal

Para Luiz Antônio Rocha, levar Helena Blavatsky aos palcos era uma ideia antiga. Por intermédio da filósofa, professora e poeta Lucia Helena Galvão, o projeto saiu da gaveta e se concretizou. Profunda conhecedora de Blavatsky, Lucia Helena marcou sua estreia no teatro ao produzir um texto que resgata a atemporalidade da personagem, eliminando estereótipos que lhe foram associados – como a fama de bruxa, por conta de sua paranormalidade.

“Lucia nos trouxe o caminho”, diz o diretor, ressaltando que é a grande pensadora e filósofa que está em cena. “A peça enfatiza a dimensão filosófica e humanista de Helena Blavatsky – sua busca incessante pelo conhecimento, o diálogo entre culturas, a defesa de uma fraternidade universal e a coragem de desafiar dogmas e preconceitos do seu tempo”.

Beth Zalcman, que encarna Helena Blavatsky magistralmente, já tinha sido dirigida por Rocha na comédia de costumes Brimas, escrita por ela e que lhe rendeu indicação ao prêmio Shell de melhor texto. Com Blavatsky, Beth transmite à plateia o que a personagem lhe trouxe como ensinamento: escutar a voz do silêncio para melhor enxergar a humanidade. “Blavatsky me fez refletir, me despir de minhas vaidades, de meu mundo contemporâneo de mulher ativa, para poder mergulhar no autoconhecimento, na alma que deixamos adormecida dentro de nós, para assim perceber melhor o outro, a humanidade. Trata-se de um texto belíssimo, um convite à reflexão, que instiga as pessoas a saírem transmutadas do teatro”, afirma a atriz.

Pela interpretação de Blavatsky, Beth Zalcman recebeu o prêmio CENYM de Teatro Nacional, da ATEB – Academia de Artes no Teatro do Brasil, como melhor atriz de 2023.

Da Vinci e Manet inspiram magia cênica

Durante 60 minutos, Beth Zalcman magnetiza a plateia em um ambiente que procura conduzir o irreal para o real, as ilusões à verdade espiritual, a ignorância à sabedoria que ilumina o propósito da existência. A encenação propõe uma dramaturgia inspirada no sfumato, técnica artística italiana de pintura e desenho. Leonardo Da Vinci, que a popularizou em suas obras, descreveu a técnica como a ausência de linhas ou fronteiras – na forma esfumaçada, que vai além do plano de foco.

O ponto de partida para a direção de arte, cenário e figurinos foram baseados em algumas pinturas do artista impressionista Édouard Manet, que traduz com beleza a solidão do último instante de vida de Helena Blavatsky.

Sinopse – A luz da vela ilumina o cenário e revela um lugar simples no frio de Londres, no final do século 19. É um recorte do quarto de Helena Blavatsky, que se encontra sozinha, no seu último dia de vida. Ela revisita suas memórias, seu vasto conhecimento adquirido pelos quatro cantos do mundo, se depara com a força do comprometimento com sua missão de vida e as consequências de suas escolhas. Relembra sua forte ligação com a Índia e seu encontro, em Londres, com Gandhi. “Helena Blavatsky, A Voz do Silêncio” é um mergulho no universo que existe dentro de nós.

Foto: Flavia Canavarro

Serviço:
“Helena Blavatsky, A Voz do Silêncio”
Data: 
4 e 5 de outubro
Horário: 
4 (sábado) 20h | 5 (domingo) 18h
Local: 
Teatro Bom Jesus (Rua 24 de Maio, 135 – Centro)
Ingressos: Disk Ingressos
Duração: 60 minutos
Classificação etária: 12 anos
Realização: Espaço Cênico, Teatro em Conserva e Mímica em Trânsito
Siga: @helenablavatskyavozdosilencio @animaapeca @bethzalcman @luiz.antonio.rocha @profluciahelenagalvao

About The Author

Gaby Lara

Jornalista de formação e curiosa de nascença. Apaixonada pelo time do coração, o Coritiba e amante dos shows musicais e viagens. Se dedica ao Jornalismo Cultural e de Entretenimento e sonha com uma carreira na área.

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