“Chama a Bebel” é o mais recente lançamento no cenário de filmes brasileiros, estreando hoje (11) nos cinemas de todo o país. Com Giulia Benite como protagonista e sob a direção e roteiro de Paulo Nascimento, o filme promete conquistar os brasileiros durante este mês de férias. Tivemos a oportunidade de assistir ao filme antecipadamente e estamos aqui para compartilhar nossas impressões. Chama a Bebel é um filme infanto-juvenil que trata sobre sustentabilidade de modo sério e com bastante lucidez
O talento e carisma de Giulia Benite (reconhecida por seu papel em “Turma da Mônica: Laços”, “Lições” e “A Série”) não são segredos para ninguém, e neste filme, ela desempenha brilhantemente o papel de Bebel. Seu carisma é evidente desde o início, tornando fácil simpatizar com a personagem mesmo antes de conhecer sua história. Além disso, nos momentos mais dramáticos, Giulia entrega uma atuação excepcional. Sem dúvida, Giulia Benite tem uma carreira promissora pela frente.
A proposta do filme “Chama a Bebel”, sob a direção e roteiro de Paulo Nascimento (conhecido por “A Oeste do Fim do Mundo”), é explorar temas de inclusão e sustentabilidade através de uma abordagem especialmente direcionada ao público jovem.
Bebel é uma jovem que utiliza cadeira de rodas e mora com sua mãe e avô no interior. Ao decidir prosseguir seus estudos, ela se muda para a cidade grande, onde enfrenta novos desafios, iniciando com sua tia Marieta. Na escola, seu envolvimento nas causas ambientais a coloca rapidamente em posição de liderança. Contudo, um magnata local poderoso não vê com bons olhos esse ativismo em prol do meio ambiente em sua região. O filme retrata o preconceito enfrentado pela protagonista em diversos momentos da trama, especialmente evidenciado no primeiro ato. São apresentadas ações e atitudes deploráveis de outros personagens em relação à protagonista, de maneira convincente, evidenciando as dificuldades enfrentadas por uma pessoa com deficiência. No entanto, outros problemas relacionados à acessibilidade são abordados de forma mais sutil e, com o tempo, essa temática acaba perdendo relevância, o que se distancia da realidade e pode resultar em decepção. Destacam-se como pontos positivos a montagem, que confere dinamismo à história, e a trilha sonora, como aspectos técnicos destacáveis do filme.
Dentre os membros do elenco adulto, merece especial destaque Rafael Muller, intérprete do professor de Bebel. O ator, que também é deficiente físico, demonstra carisma e talento notáveis, deixando claro, em seu primeiro filme, que está firmemente estabelecido na indústria cinematográfica.
“Chama a Bebel” apresenta valiosas lições sobre a luta contra o preconceito, a disseminação de notícias falsas e a importância da preservação ambiental. O filme aborda esses temas de maneira lúdica e educativa, o que se revela como um aspecto bastante positivo. Ao proporcionar diversão para as crianças, o filme também conscientiza sobre esses problemas, contribuindo para a educação desde a infância.
Quanto aos aspectos técnicos, “Chama a Bebel” recebe elogios, destacando-se por sua fotografia impressionante em diversas cenas e uma trilha sonora eficiente, repleta de boas músicas. A atmosfera e as locações escolhidas por Paulo Nascimento evocam lembranças das novelas infantis transmitidas pelo SBT, o que, longe de ser um ponto negativo, proporciona uma sensação de familiaridade, aproximando o público da narrativa desde o início.
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