23ª FLIP: cineasta Juliana Sakae une memória, identidade e ancestralidade no livro “Eu, Brasil”

A jornalista e produtora de cinema catarinense Juliana Sakae lança seu primeiro livro, “Eu, Brasil” (Ofício das Palavras), na próxima sexta-feira (1º) durante a 23ª Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). A obra une autobiografia, não-ficção e pesquisa histórica para explorar temas como ancestralidade, traumas transgeracionais e identidades deslocadas. Além do lançamento do livro, a autora também participará de um dos painéis do evento.

A narrativa acompanha a jornada da autora em busca das histórias não contadas de seus antepassados, revelando camadas invisíveis da formação do Brasil. “Escrever este livro foi um processo de cura e descoberta. Percebi que, ao resgatar minhas raízes, estava também contando uma versão do país que raramente aparece nos livros didáticos“, afirma Juliana.

O lançamento está previsto para às 17h, na Casa Ofício das Palavra (Rua Gravatá, 65). Já no dia 2 de agosto, às 15h, Juliana participará do painel “O caminho da arte na retomada da identidade nipo-brasileira”, organizado pelo Coletivo Escritoras Asiáticas & Brasileiras, também na Casa Ofício das Palavras. Os exemplares ficarão disponíveis para venda no estande das Coletivo Escritoras Asiáticas & Brasileiras, localizado na Praça Aberta.

A obra, que combina escrita pessoal e pesquisa aprofundada, foi desenvolvida por Juliana ao longo de quase dez anos, com viagens, entrevistas e estudos de bibliografias marginalizadas. Influenciada por autores como Ana Maria Gonçalves e Djamila Ribeiro, a autora busca preencher lacunas deixadas por sua formação acadêmica, abordando questões linguísticas e de identidade com a mesma sensibilidade usada em seus trabalhos com direitos humanos e documentários.

“Eu, Brasil” questiona a democracia racial e a mobilidade social no país. Com uma estrutura fragmentada, o livro reúne memórias, reflexões críticas e histórias pessoais, convidando o leitor a investigar suas próprias origens. Inspirado no pensamento de Stuart Hall, o título desafia a noção de identidade nacional, provocando uma reflexão sobre quem é incluído ou excluído dela. “Quero inspirar as pessoas a buscarem suas narrativas familiares esquecidas”, destaca a autora.

Sobre a autora

Juliana Sakae é jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Catarina e produtora de cinema especializada em documentários pela New York Film Academy e Direitos Humanos pela PUC de Porto Alegre. Embora seja uma leitora voraz e escritora nas horas vagas, essa é a sua primeira publicação literária. Juliana nasceu em Florianópolis, mas morou em Los Angeles, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Criciúma. Para este livro, viajou para mais de dez cidades em diferentes países para investigar as origens de suas raízes.

Via Assessoria de Imprensa

 

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